Mitos e Verdades sobre o PHP

Postado há 7 dias
PHP

O PHP é uma das linguagens mais populares para desenvolvimento web, mas ao longo dos anos ganhou alguns rótulos e críticas que nem sempre correspondem à realidade. Vamos analisar alguns pontos frequentemente levantados sobre a linguagem.


“PHP é para projetos pequenos e médios; pode sofrer com alta carga”


Um bom exemplo que refuta essa afirmação é a Wikipédia, que é escrita em PHP e recebe mais de 22 bilhões de visitas ao mês, ou cerca de 8.000 visitas por segundo (fonte: link).

Uma das formas de lidar com tanta carga é por meio do PHP-FPM. No modelo mais tradicional, cada requisição ao servidor cria um novo processo para executar um script PHP, o que significa que 8 mil requisições gerariam 8 mil processos — algo insustentável em termos de CPU e memória.

O PHP-FPM funciona de forma diferente: ele inicia um pool (conjunto) de processos, e cada requisição é direcionada a um desses processos já em execução. Após responder ao servidor, o processo não é encerrado, mas fica aguardando uma nova requisição.

As vantagens são o gerenciamento da quantidade de processos ativos por aplicação, escalonamento sob demanda e reaproveitamento de processos.

Além disso, existem outras soluções que lidam com alta performance em PHP, como Swoole e FrankenPHP.


“PHP é mais simples para iniciantes, com fácil integração com HTML”


Essa informação é correta, mas incompleta. O PHP não se destaca apenas pela integração com o front-end. Ele também oferece:

  • PDO (PHP Data Objects): permite conexão com múltiplos SGBDs sem necessidade de configuração ou extensão específica.

  • Servidor embutido (CLI SAPI): possibilita executar scripts diretamente no diretório sem precisar configurar Apache, Nginx ou outro servidor.

  • Sintaxe acessível: simples de compreender, facilitando o aprendizado.

De fato, o PHP é muito amigável para iniciantes.


“PHP é amplamente suportado em hospedagens compartilhadas”


Correto, mas não apenas em hospedagens compartilhadas. O PHP também é amplamente utilizado em VPS e serviços como o cPanel, que permite gerenciar versões do PHP, bancos de dados e domínios por meio de uma interface gráfica.

Mesmo soluções mais simples, como LAMP, ainda são comuns. Já ambientes em cloud trazem complexidade independentemente da linguagem escolhida.


“PHP tem menos pacotes, mais codificação manual”


Na prática, isso não acontece. É improvável precisar de uma biblioteca e não encontrá-la no Composer, o gerenciador de dependências do PHP.

Além disso, os pacotes do Composer são leves e não resultam em pastas gigantes de dependências como o node_modules.


“PHP requer segurança manual (ex.: SQL Injection)”


Esse é um mito. Desde a versão 5.1 (2005), o PHP oferece diversas soluções contra SQL Injection.

Com o PDO, funções como bindValue() e bindParam() separam código da query dos valores enviados, garantindo que os dados não tenham poder de comando no banco.

Além disso, existem dezenas de filtros nativos para sanitização de dados, como filter_var(), filter_input() e filter_input_array().


Casos de uso do PHP


O PHP foi criado como linguagem para servidores web e continua atendendo projetos de todos os tamanhos. Atualmente, há também soluções para desenvolvimento de aplicativos mobile (Android e iOS) e desktop, como o NativePHP, que permite portar código PHP e Laravel para outras plataformas.


Conclusão


O PHP não é uma linguagem perfeita. mas continua sendo atual, performática e acessível. Cabe ao desenvolvedor extrair o máximo do que ela oferece. Do contrário, nem mesmo a linguagem mais avançada seria suficiente nas mãos de quem não sabe o que está fazendo

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